Cuidador Infantil
O Cuidador infantil é o profissional que tem como atribuição os cuidados com a criança, no que diz respeito ao seu desenvolvimento físico e psicossocial, considerando fatores como higiene, conforto, entretenimento, alimentação, mobilidade e saúde, de modo a zelar por sua integridade física, emocional e social. Contribui com a inclusão e na relação da criança com seus pares, familiares, responsáveis e integrantes da equipe profissional da educação e saúde. Esse profissional trabalha em residências, creches, berçários, escolas, hospitais, empresas, instituições de acolhimento infantil, organizações não governamentais (ONG’s), hotéis, resorts, spas e clubes. O profissional Cuidador Infantil qualificado pelo Senac tem como marcas formativas: domínio técnico-científico, visão crítica, colaboração e comunicação, criatividade e atitude empreendedora, autonomia digital e atitude sustentável, com foco em resultados. Essas marcas reforçam o compromisso da instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de transformação da sociedade. A ocupação está situada no eixo tecnológico Ambiente e Saúde cuja natureza é “cuidar” e pertence ao segmento de Saúde. A seguir estão as competências que compõem o perfil do Cuidador Infantil: • Auxiliar no desenvolvimento, autonomia e independência da criança. • Prestar cuidados de higiene, bem-estar e primeiros socorros à criança.
Objetivo geral: Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados. Objetivos específicos: · Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e que estimule o aprimoramento contínuo; · Estimular, por meio de situações de aprendizagens, atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas nos alunos; · Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para resolução de problemas; · Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das competências, que possibilitem a todos os envolvidos no processo educativo a verificação da aprendizagem; · Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para consolidação do domínio técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.
Pré-requisitos
CPF e RG
Ensino Fundamental Completo
Idade mínima: 18 anos
As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo. As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação. A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação. As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento. No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos). Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares. No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação ao contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido. O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências. Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer. Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular: UC1: Auxiliar no desenvolvimento, autonomia e independência da criança. Para esta UC, que tem foco nos aspectos sociais, de convivência, de crescimento e desenvolvimento, bem como na promoção da independência e autonomia das crianças de acordo com a faixa etária, recomenda-se o planejamento de situações de aprendizagem que favoreçam a vivência dos fazeres profissionais voltados à prática do Cuidador, dentro de seus limites de atuação, respeitando os direitos da criança, os valores, orientação da família e equipe multiprofissional, pautando-se: − Nas questões comportamentais e valorativas, extremamente relevantes a essa ocupação para que o Cuidador se reconheça como elo entre a criança, a família, a sociedade e equipe multiprofissional; − Acompanhamento da criança nas suas atividades de vida diária; − Acompanhamento e inserção da criança nas políticas sociais e de saúde; − Realização de atividades não terapêuticas de lazer e de ocupação do tempo livre, adequadas ao interesse da criança; − Sugestão de adaptações no ambiente físico estrutural contemplando as questões de mobilidade, saúde, segurança e demais necessidades apresentadas conforme a faixa etária e de desenvolvimento; − Identificação, prevenção, comunicação e busca de auxilio em situações de risco de vulnerabilidade física, psicológica e social. Para tal, podem ser propostas atividades como pesquisas, estudos de situações-problema, simulações (inclusive relacionadas ao brincar), dinâmicas de grupos, desenvolvimento de ações socioeducativas, visitas técnicas em espaços de lazer públicos e instituições de assistência e de educação infantil, com o objetivo de identificar adaptações e possibilidades de inclusão da criança em atividades de ocupação do tempo livre, minimizando os fatores de risco, estimulando o desenvolvimento, a independência e autonomia. Também podem ser exibidos documentários e veiculados materiais de pesquisa para discussões sobre o processo de crescimento e desenvolvimento, políticas públicas e estudos de casos visando a discussão das atribuições do Cuidador e seu papel na equipe multiprofissional. Sugere-se entrevistas com profissionais da área para identificar procedimentos, formas de encaminhamentos, além de mitos e estereótipos que impactam nas atividades de vida diária da criança. UC2: Prestar cuidados de higiene, bem-estar e primeiros socorros à criança Para esta UC, que tem foco nas questões relacionadas à higiene, saúde, bem-estar, segurança e ação de primeiros socorros à criança de acordo com a faixa etária, recomenda-se que sejam planejadas situações de aprendizagem que remetam à vivência dos fazeres profissionais voltados aos cuidados, acompanhamento e prevenção de doenças, considerando os limites de atuação do Cuidador, como: − Auxilio nas atividades de vida diária relativos a higiene e bem-estar de acordo com as fases de desenvolvimento da criança, orientação familiar e da equipe multiprofissional; − Auxílio na alimentação de acordo com as necessidades e preferências da criança, orientação da família e equipe multiprofissional; − Acompanhamento do estado de saúde da criança; − Prevenção de acidentes na infância de acordo com a faixa etária; − Prestação de cuidados de primeiros socorros, acionando a rede de assistência de acordo com cada situação; − Registro da rotina e ocorrências da criança. Para tal, recomenda-se que o docente demonstre os fazeres referentes aos cuidados desta UC e que os alunos os simulem, utilizando manequins específicos para esta finalidade, além de propor atividades como estudos de situações-problema, pesquisas, discussão de vídeos, palestras com profissionais e representantes comerciais para demonstração de equipamentos, materiais e tecnologias assistivas. Podem ser incluídas visitas técnicas a centros assistenciais e educacionais estimulando o voluntariado aos alunos para realizar atividades com as crianças. É importante salientar a necessidade de o docente constantemente explorar o reconhecimento dos limites de atuação do cuidador em relação aos diversos atores da equipe multiprofissional de saúde que acompanham a criança. Da mesma forma que na UC1, as questões comportamentais e valorativas podem ser exploradas em atividades como estudos de situações-problema, simulações, dinâmicas de grupo, palestras com profissionais da área e desenvolvimentos de ações socioeducativas. UC3: Projeto Integrador Cuidador Infantil Recomenda-se que o docente responsável apresente o tema gerador no primeiro contato com os alunos. Estes, por sua vez, devem validar a proposta, podendo sugerir modificação ou inclusão, a ser acatada pelos docentes, quando pertinente. Ressalta-se que o tema gerador tem como princípio ser desafiador, portanto deve estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades, transcendendo a mera sistematização de informações já trabalhadas durante as demais unidades curriculares. Junto com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas. Recomenda-se priorizar pesquisas, visitas técnicas, entrevistas com pessoas de mercado, entre outras estratégias. Entretanto, quando não for possível a vivência em ambiente real de trabalho, sugere-se a utilização de situações-problema presentes em vídeos, reportagens e casos fictícios baseados na realidade. As atividades desenvolvidas no decorrer das competências podem servir de subsídio para o desenvolvimento do projeto. É fundamental que o docente responsável pelo Projeto Integrador atue de forma articulada com os demais docentes do curso, incentivando a participação ativa e reforçando as contribuições de cada Unidade Curricular para sua realização. Além disso, todos os docentes do curso devem participar da elaboração, execução e apresentação de seus resultados parciais e finais. Durante o desenvolvimento do projeto, os docentes devem acompanhar as entregas parciais conforme previsto no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das pesquisas. No momento de síntese, procede-se com a sistematização de todos os dados pesquisados e atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto para subsidiar a apresentação das respostas aos desafios gerados. Aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos, quanto na forma de apresentação desses resultados. Considerando que o Projeto Integrador é um espaço privilegiado para explorar as marcas formativas do Senac, recomenda-se que, durante a sua execução, os docentes propiciem desafios que permitam aos alunos desenvolve-las. Por fim, tendo em vista que a natureza dessa ocupação traz em seu perfil profissional questões comportamentais e valorativas fundamentais e indubitáveis, somado ao entendimento de que cuidar está além da execução de determinada ação com excelência, o Projeto Integrador torna-se um espaço propício para que o docente explore tais questões e estimule a auto avaliação nos alunos.
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos: • Ser diagnóstica: Averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente. • Ser formativa: Acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário. • Ser somativa: Atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o mesmo está apto a receber seu certificado ou diploma. Forma de expressão dos resultados da avaliação • Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso). • As menções adotadas no modelo pedagógico reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo. • De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem: Menção por indicador de competência A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são: Durante o processo • Atendido - A • Parcialmente atendido - PA • Não atendido - NA Ao final da Unidade Curricular • Atendido - A • Não atendido - NA Menção por Unidade Curricular Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional, Prática Integrada ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são: • Desenvolvida - D • Não desenvolvida – ND Menção para aprovação no curso Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada). Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas. • Aprovado - AP • Reprovado - RP Recuperação A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.