Maquiador
O maquiador é o profissional que realiza procedimentos para diversos tipos de maquiagens, considerando as necessidades do cliente e as tendências da moda. Trabalha como autônomo ou empregado em salões e institutos de beleza, spas, residências, lojas de cosméticos, funerárias e empresas/instituições que demandem serviços de beleza. Relaciona-se com clientes, fornecedores e demais profissionais de beleza, contribuindo para o trabalho em equipe e a fidelização do cliente. O profissional qualificado pelo Senac tem como Marcas Formativas: domínio técnico-científico, visão crítica, colaboração e comunicação, criatividade e atitude empreendedora, autonomia digital e atitude sustentável, com foco em resultados. Essas marcas reforçam o compromisso da Instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sua capacidade de transformação da sociedade. A ocupação está situada no eixo tecnológico Ambiente e Saúde, cuja natureza é “cuidar” e pertence ao segmento de beleza. No Brasil, obedece à Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012. Competências 1. Organizar o ambiente e os processos de trabalho do Maquiador; 2. Maquiar o rosto do cliente.
Objetivo geral Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados. Objetivos específicos • Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e que estimule o aprimoramento contínuo; • Estimular, por meio de situações de aprendizagens, atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas nos alunos; • Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para resolução de problemas; • Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das competências, que possibilitem a todos os envolvidos no processo educativo a verificação da aprendizagem; • Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para consolidação do domínio técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.
Pré-requisitos
Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) completo
Idade maior ou igual a 16 anos.
Comprovante de residência.
CPF
RG.
As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo. As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação. A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação. As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras Unidades Curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que apresenta e histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento. No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos). Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares. No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve, ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação com o contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido. O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências. Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer. Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 1 – Organizar o ambiente e os processos de trabalho do Maquiador Os alunos devem ser orientados a realizar o planejamento de sua carreira tendo em vista a análise dos cenários de trabalho e emprego em sua região, conforme seu investimento pessoal e profissional. O docente poderá, assim, propor atividades do cotidiano dos maquiadores no que se refere aos aspectos de procedimentos operacionais. Para que essa competência possa ser efetivamente desenvolvida, é essencial que a proposta de trabalho englobe atividades que permitam ao aluno exercer os mais diversos procedimentos técnicos da sua função como: organização do espaço de trabalho, assepsia de instrumental e local de trabalho, compra de materiais e mobiliários, recepção e elaboração de cadastro de clientes e de tabela de serviços e preços. O docente poderá propor discussões sobre a importância desses procedimentos no desempenho ético, ágil e eficaz dos serviços do maquiador profissional. Deverá ainda abordar os impactos negativos na carreira do maquiador, devido a não observância desses aspectos na prestação de serviços de maquiagem. A utilização de simulações práticas, situações problema e dramatizações são alguns dos tipos de atividades que podem auxiliar no desenvolvimento dessa competência. No desenvolvimento dessa unidade curricular, o docente deverá promover situações de aprendizagem que considerem a realidade da profissão de maquiador autônomo ou prestador de serviços em salão de beleza. Quando não for possível vivenciar atividades reais, é indicada a utilização de casos fictícios. Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 2 – Maquiar o rosto do cliente O docente poderá propor atividades do cotidiano dos maquiadores relativas ao atendimento ao cliente, abordando a diversidade de público (pessoas com deficiência, clientes no contexto da diversidade cultural, religiosa, de gênero, faixa etária), ao mercado e ao mundo do trabalho e às diversas possibilidades de áreas que um maquiador poderá atuar. Para isso, sugere-se a realização de simulações de atendimento considerando a postura, a etiqueta social e profissional, a desenvoltura verbal, o consumo consciente, além de propor a resolução de conflitos e atendimentos específicos de acordo com suas características. Também deverá ser trabalhada com os alunos, em atividades práticas, a importância da execução de uma maquiagem adequada, personalizada e que valorize a beleza particular de cada cliente. Estudos de caso e a comparação de fotos de maquiagens podem ser utilizados como instrumentos para reforçar a importância dos saberes específicos para criação da imagem do cliente segundo conceito de beleza personalizada, e não padronizada. Para o desenvolvimento desta unidade curricular, o docente deverá promover situações de aprendizagem que privilegiem a demonstração, contextualização e posterior realização de procedimentos de maquiagem, executados pelos alunos em modelos ou clientes. Sugere-se, no mínimo, 08 horas para cada técnica de maquiagem, sendo divididas entre demonstração e a prática como estratégia metodológica. A indicação é que cada aluno desenvolva a técnica social (diurna, noturna, para adolescente, pele madura, masculina, pele negra e suas variações) em três modelos com características de pele e formato de rosto e feições diferentes, para favorecer o desenvolvimento da competência. Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 3 – Projeto Integrador Para o desenvolvimento do Projeto Integrador, o docente responsável deve apresentar o tema gerador no primeiro contato com os alunos, juntamente com o cronograma de trabalho. Esses, por sua vez, podem validar a proposta, sugerir substituição do tema ou adequação da proposta original, que deve ser analisada e verificada pelo docente. O projeto integrador deve estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades contextualizadas às demais unidades curriculares. Diante disso, é fundamental que o docente, responsável pelo desenvolvimento desse projeto, promova a interação com os demais docentes do curso, uma vez que todos devem participar do processo. Diante disso e considerando que o Projeto Integrador é um dos momentos em que o docente deve trabalhar com as marcas formativas do Senac, sugere-se que, sejam propostos desafios que favoreçam aos alunos a demonstração do domínio técnico-científico, visão sistêmica e comportamento investigativo. Além disso, devem estimular a autonomia, a criatividade e proatividade nos alunos, contemplando situações de aprendizagem que permitam o trabalho em equipe, no qual irão estabelecer relações interpessoais construtivas. No momento de síntese, procede-se com a sistematização de todos os dados pesquisados e atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto para subsidiar a apresentação das respostas aos desafios gerados. Aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos quanto na forma de apresentação destes resultados.
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos: • Avaliar o desenvolvimento das competências no processo formativo. • Ser diagnóstica e formativa. • Permear e orientar todo o processo educativo; • Verificar a aprendizagem do aluno, sinalizando o quão perto ou longe está do desenvolvimento das competências que compõem o perfil profissional de conclusão (foco na aprendizagem); • Permitir que o aluno assuma papel ativo em seu processo de aprendizagem, devendo, portanto, prever momentos para auto avaliação e de feedback em que docente e aluno possam juntos realizar correções de rumo ou adoção de novas estratégias que permitam melhorar o desempenho do aluno no curso. Forma de expressão dos resultados da avaliação: • Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da unidade curricular/curso). • As menções adotadas no modelo pedagógico nacional reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo. • De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem: Menção por indicador de competência A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são: Durante o processo • Atendido - A • Parcialmente atendido - PA • Não atendido - NA Ao final da unidade curricular • Atendido - A • Não atendido - NA Menção por unidade curricular Ao término de cada unidade curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da unidade curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da unidade curricular. As menções possíveis para cada unidade curricular são: • Desenvolvida - D • Não desenvolvida – ND Menção para aprovação no curso Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada). Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas. • Aprovado - AP • Reprovado – RP Recuperação: A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.