Costureiro
O costureiro é o profissional que realiza procedimentos de corte, montagem, costura e acabamento de peças do vestuário masculino, feminino e infantil em tecidos planos, a partir de uma ficha técnica, molde e peça-piloto. Trabalha como autônomo ou como empregado na indústria da confecção, em facções, no comércio e em ateliês de costura. Relaciona-se com clientes, fornecedores e demais profissionais que demandem serviços de costura, contribuindo para o trabalho em equipe, a satisfação e a fidelização do cliente. O profissional qualificado pelo Senac tem como marcas formativas: domínio técnico-científico, visão crítica, colaboração e comunicação, criatividade e atitude empreendedora, autonomia digital e atitude sustentável, com foco em resultados. Essas marcas reforçam o compromisso da instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de transformação da sociedade. A ocupação está situada no eixo tecnológico Produção Cultural e Design, cuja natureza é “criar” e pertence ao segmento Moda. A seguir estão as competências que compõem o perfil do Costureiro. Organizar o ambiente e os processos de trabalho Cortar e montar peças do vestuário Realizar procedimentos de costura e acabamento de peças
Objetivo geral: Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados. Objetivos específicos: • Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e que estimule o aprimoramento contínuo; • Estimular, por meio de situações de aprendizagens, atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas nos alunos; • Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para resolução de problemas; • Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das competências, que possibilitem a todos os envolvidos no processo educativo a verificação da aprendizagem; • Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para consolidação do domínio técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.
Pré-requisitos
Ensino Fundamental incompleto 6ª ano
Idade maior ou igual a 16 anos.
CPF
RG.
As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo. As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação. A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação. As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento. No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos). Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares. No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve, ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação com o contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido. O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências. Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer. A profissão de Costureiro irá demandar grande capacidade de comunicação com clientes, fornecedores e outros profissionais da área, além de habilidade motora para a execução das peças, organização dos processos de trabalho e o interesse por moda. Dessa forma, as Unidades Curriculares deverão destinar a maior parte de sua carga horária para a realização de atividades que favoreçam a dinâmica ação-reflexão-ação. As tabelas abaixo trazem sugestões de peças básicas, que devem ser trabalhadas durante o curso e peças complementares que podem ser desenvolvidas caso haja tempo hábil. A intenção é que o aluno costure diversos modelos e pratique diferentes técnicas. Recomenda-se a elaboração de, no mínimo seis (6) peças básicas, sendo uma peça de cada modelo apresentado. E, no mínimo, três (3) peças complementares, sendo uma peça de cada modelo. Quando houver laboratório montado com máquinas industriais é necessário uma (1) máquina para cada 4 alunos (utilizada para pontos zigue-zague, caseados de botões, etc.). Peças Básicas Feminino Saia reta, com cós reto e zíper invisível Saia evasê, no viés, com revel e zíper invisível Calça, com zíper de braguilha, bolso faca e barra italiana Masculino Camisa, com pala dupla, carcela nas mangas, gola e pé-de-gola Infantil Shorts infantil, com elástico na cintura Vestido infantil, com manga, franzido na cintura e revel Peças Complementares Feminino Camisa com gola esporte, revel e fenda lateral Vestido com recortes, forro e zíper invisível Masculino Bermuda jeans, com zíper de braguilha e bolso chapado. Como as turmas são formadas por públicos diversos e compreendendo que cada aluno apresenta características diferenciadas, é importante que o docente respeite o tempo necessário para o desenvolvimento da competência e possa realizar um acompanhamento individualizado dos alunos. Destaca-se ainda a necessidade de tornar o curso acessível às pessoas com deficiência, atendendo às necessidades específicas de cada aluno. Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 1: Organizar o ambiente e os processos de trabalho O docente deverá promover situações de aprendizagem que considerem a realidade da profissão de Costureiro em seu local de trabalho e que privilegiem a contextualização, identificando os elementos relativos ao trabalho a ser executado, bem como os cuidados básicos de conservação dos equipamentos. Além disso, é necessário criar atividades relacionadas ao mercado e ao mundo do trabalho, à imagem pessoal, postura profissional e desenvoltura verbal. Propõem-se três etapas: 1) ponto de partida: momento de vida em que o aluno se encontra, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; 2) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; 3) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. Orientações metodológicas específicas para as Unidades Curriculares 2: Cortar e montar peças do vestuário Recomenda-se que a UC2 e a UC3 sejam ofertadas de forma concomitante para favorecer o entendimento do processo de corte, montagem e costura. Uma primeira peça pode ser cortada, montada e costurada antes do corte da segunda peça. Ao longo do curso, podem ser planejadas e realizadas visitas técnicas, pesquisas e entrevistas com profissionais, para se aproximarem da área e conhecerem o mercado de trabalho, seus desafios e possibilidades, sem deixar de levar em consideração a experiência e/ou conhecimentos prévios dos alunos como estratégia para a atribuição de significados. Orientações metodológicas específicas para as Unidades Curriculares 3: Realizar procedimentos de costura e acabamento de peças Recomenda-se a criação de exercícios de acabamento (punho, colarinho, etc.), bem como de traçados para a desenvoltura na operação de máquina de costura (saída, paradas, curvas, cantos e linhas retas), de modo que os alunos demonstrem destreza em seu manuseio. Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 4: Projeto Integrador Costureiro Para o desenvolvimento do Projeto Integrador, o docente responsável deve apresentar o tema gerador no primeiro contato com os alunos, juntamente com o cronograma de trabalho. Estes, por sua vez, podem validar a proposta, sugerir substituição do tema ou adequação da proposta original, que deve ser analisada e acatada pelo docente. O Projeto Integrador deve ser desafiador e, portanto, estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades contextualizadas às demais Unidades Curriculares, transcendendo a mera sistematização de informações. Diante disso, é fundamental que o docente responsável pelo desenvolvimento desse projeto promova a interação com os demais docentes do curso, uma vez que todos devem participar do processo. Juntamente com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas. Considerando que o Projeto Integrador é um dos momentos privilegiados para o docente trabalhar as Marcas Formativas Senac, sugere-se que sejam propostos desafios que favoreçam aos alunos a demonstração do domínio técnico-científico, visão sistêmica e o comportamento investigativo. Assim como devem estimular a autonomia, a criatividade e proatividade nos alunos, contemplando situações de aprendizagem que permitam o trabalho em equipe, no qual irão estabelecer relações interpessoais construtivas. As propostas do Projeto Integrador devem valorizar diferentes realidades regionais. Na Proposta 1, é importante que o docente incentive a pesquisa de aspectos culturais, sociais e econômicos da região, por meio de diferentes fontes, para que as soluções retratem as características do lugar, despertando o interesse da comunidade e representando um diferencial para sua comercialização. Da mesma forma, é importante estimular a criatividade dos alunos a partir de desafios que a profissão de costureiro apresenta. Na Proposta 2, a pesquisa também será importante para a verificação da existência ou não de diferentes níveis de qualidade dos produtos elaborados regionalmente. Recomenda-se que os alunos conheçam a Cadeia Produtiva da Moda para entenderem o processo de produção desde a matéria-prima até a entrega da peça ao consumidor. É importante estimular reflexões que visem oportunidades de negócio, desenvolvendo ações que contribuam com a inovação da profissão.
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos: • Ser diagnóstica: Averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente. • Ser formativa: Acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário. • Ser somativa: Atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o mesmo está apto a receber seu certificado ou diploma. Forma de expressão dos resultados da avaliação • Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso). • As menções adotadas no modelo pedagógico reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo. • De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem: Menção por indicador de competência A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são: Durante o processo • Atendido - A • Parcialmente atendido - PA • Não atendido - NA Ao final da Unidade Curricular • Atendido - A • Não atendido - NA Menção por Unidade Curricular Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional, Prática Integrada ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são: • Desenvolvida - D • Não desenvolvida – ND Menção para aprovação no curso Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada). Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas. • Aprovado - AP • Reprovado - RP Recuperação A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.