Técnico em Transações Imobiliárias
O técnico em Transações Imobiliárias é o profissional que realiza a intermediação nos processos de compra, venda, locação, permuta e administração de imóveis. Pesquisa o mercado imobiliário, prospecta negócios, realiza a captação de imóveis, apresenta imóveis a clientes, faz avaliação de imóveis. Orienta e assessora quanto ao financiamento imobiliário, à alienação, locação e administração de condomínios, bem como quanto ao registro e à transferência de imóveis nos órgãos competentes. Atua em empresas do setor imobiliário, construção civil, urbanizadoras, loteadoras, agentes financeiros, empresas prestadoras de serviços. Exerce suas atividades presencialmente ou a distância, de forma individual ou compondo uma equipe de trabalho, por meio de prestação de serviços autônomos, contrato efetivo ou empregador. O técnico em Transações Imobiliárias habilitado pelo Senac tem como marcas formativas: domínio técnico-científico, visão crítica, colaboração e comunicação, criatividade e atitude empreendedora, autonomia digital e atitude sustentável, com foco em resultados. Essas marcas reforçam o compromisso da instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados com o mundo do trabalho e o exercício da cidadania. Tal perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, com o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de transformação da sociedade. A ocupação está situada no eixo tecnológico Gestão e Negócios, cuja natureza é “gerir”, e pertence ao segmento Comércio. No Brasil, é regida pela Lei n.° 6.530, de 12 de maio de 1978, regulamentada pelo Decreto n.º. 81.871, de 29 de junho de 1978, e pela Resolução do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) n.º 326/92 que aprovou o Código de Ética dos Corretores de Imóveis. Para o exercício profissional, é obrigatório ser inscrito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). Competências Planejar estratégias de atuação no mercado imobiliário. Elaborar estratégias de relacionamento com o mercado e clientes de imóveis. Agenciar imóveis. Intermediar processos de compra, venda, locação e permuta de imóveis. Elaborar documentos de negócios e serviços imobiliários. Vender e alugar imóveis na etapa do projeto arquitetônico. Avaliar imóveis. Assessorar clientes nas operações financeiras de imóveis. Elaborar plano de marketing imobiliário. Assessorar nos processos de gestão de imóveis e locações.
Objetivo geral Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados. Objetivos específicos
Pré-requisitos
Comprovante de escolaridade
Idade mínima: 18 anos
Comprovante de residência.
CPF
Ensino Médio incompleto (cursando o 3º Ano)
RG.
As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, entendidas como “ação/fazer profissional observável, potencialmente criativa(o), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo” (SENAC, 2022)[1]. As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho desse profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno diante de situações de aprendizagem que possibilitem o exercício contínuo da mobilização e a articulação dos saberes necessários para a ação e a solução de questões inerentes à natureza da ocupação. A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e o contexto da ocupação. As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das marcas formativas: colaboração e comunicação, visão crítica, criatividade e atitude empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmos e sobre as próprias trajetórias profissionais, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: a) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que apresenta e histórico profissional; b) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazos; e c) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento. No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador a ela vinculado na primeira semana do curso, possibilitando-lhes modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI, o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização); e c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos). Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Nesse sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares. No tocante à apresentação dos resultados, o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das marcas formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve, ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do projeto integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação com o contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor aos alunos que reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com o intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido. O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são marcas formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas formativas. Assim, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências. Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como o das marcas formativas, com atenção especial às possibilidades que o projeto integrador pode oferecer. Orientações metodológicas específicas UC1: Planejar estratégias de atuação no mercado imobiliário Com a intenção de possibilitar o conhecimento das várias formas de atuação e desenvolvimento do Técnico em Transações Imobiliárias, sugere-se uma pesquisa por meio da observação do mercado local e/ou regional e via internet sobre o movimento do mercado imobiliário, o perfil desse profissional, órgãos reguladores, bem como formas de atuação profissional do corretor de imóveis. Orienta-se, também, a pesquisa sobre perspectivas evolutivas da profissão, observando cenários imobiliários internacionais e atuação dos corretores de imóveis em países norte-americanos, europeus e asiáticos, com objetivo de identificar modelos inovadores que possam ser aplicados ao mercado brasileiro. Após a pesquisa, indica-se a abertura de um debate para que todos os alunos possam compartilhar seus resultados. Sugere-se que, nesse momento, o docente mediador inclua no debate o Planejamento de Carreira. UC2: Elaborar estratégias de relacionamento com o mercado e clientes de imóveis Sugere-se a pesquisa como ponto de partida para observação das estratégias de relacionamento que o Técnico em Transações Imobiliárias deve estabelecer com o cliente e o mercado imobiliário, bem como formas pelas quais as principais imobiliárias locais e/ou regionais se relacionam com o mercado. Orienta-se a pesquisa em mídia impressa (jornais, revistas, periódicos, folhetins), mídia eletrônica (sites, portais, Google, aplicativos para dispositivos móveis) e demais mídias (totens, frontlight, vidros traseiros de ônibus e táxis). Também há a sugestão de dar maior atenção aos meios de relacionamento eletrônicos como call-centers (atendimento tanto por telefone como virtual através de chats e e-mails), softwares de gestão com exposição de ofertas e captação ativa de clientes. A apresentação dos resultados poderá ser por meio de seminário, debate ou fórum. Indica-se que sejam realizados estudos de casos sobre estratégias de relacionamento com o mercado e clientes de imóveis. UC3: Agenciar imóveis Sugere-se que o docente proponha aos alunos atividade em dupla, na qual o estudante fará o agenciamento da residência do colega utilizando todas as técnicas abordadas nesse componente curricular. Recomenda-se a realização de simulações de agenciamento por meio da construção de uma ficha de agenciamento que contemple requisitos necessários e autorização de venda e locação, e ainda que sejam realizadas pesquisas em classificados de jornais e sites imobiliários para observar a oferta de imóveis, avaliar seu valor de mercado e formalizar a autorização de venda ou locação. A partir desse trabalho, iniciar o planejamento da prospecção de imóveis. UC4: Intermediar processos de compra, venda, locação e permuta de imóveis Sugere-se planificar o fluxo de intermediação imobiliária desde o processo de agenciamento e autorização de vendas até a efetiva conclusão do serviço de intermediação no cartório/ofício de registro de imóveis. Recomenda-se simulação de situações nas quais, após o fechamento da venda de um imóvel, o aluno tenha de providenciar certidões e documentação referente a vendedores, compradores e imóvel nos diversos órgãos, utilizando a internet quando possível (cartórios, condomínios, foro, Justiça do Trabalho, Receita Federal, Secretaria de Finanças Municipal, serviço notarial). A cada etapa da intermediação, o docente deve intervir apresentando situações-problema ou utilizando estudos de casos possíveis e reais para discussão do grande grupo. O docente poderá propor aos alunos que criem um check-list de vistoria de imóvel para aplicá-lo em um dos imóveis pesquisados na UC3, verificando e documentando o real estado de conservação. UC5: Elaborar documentos de negócios e serviços imobiliários O docente poderá apresentar aos alunos diversos documentos de negócios e serviços imobiliários em meio físico ou eletrônico. Poderá propor erros discretos e significativos nesses documentos para que os estudantes descubram por meio de análises cuidadosas. A partir da análise, os alunos devem elaborar relatório apontando erros e consequências dos erros para as partes, além de propor correções de acordo com a legislação vigente. UC6: Vender ou alugar imóveis na etapa do projeto arquitetônico Sugere-se que o docente proponha análise de diferentes projetos de construção e arquitetura para serem interpretados e discutidos pelos alunos em grupos, a fim de diferenciar projetos arquitetônicos e plantas de localização e situação, bem como tipos de materiais e técnicas construtivas utilizados na construção civil. Visitas a feiras de construção, imóveis usados, em construção e em plantões de vendas para conhecer as características de um imóvel pronto e de um imóvel na planta são alternativas interessantes quando possíveis. Recomenda-se ainda a realização de simulações de diferentes formatos geométricos para calcular as áreas, além da identificação e análise das condições de acessibilidade, sustentabilidade e usabilidade do imóvel. UC7: Avaliar imóveis Sugere-se aos alunos que escolham um imóvel pesquisado na UC3 para realizar sua avaliação e elaborar um Parecer Técnico de Avaliação Mercadológico – PTAM, seguindo o que preconiza o Cofeci sobre os requisitos constantes da Resolução n.º 1.066/2007, no art. 5º. Além disso, de acordo com a possibilidade, a realização de visitas e avaliação de imóveis em imobiliárias. É importante que essas visitas sejam precedidas por instrução do docente e análise virtual, formando parâmetros/indicadores avaliativos. UC8: Assessorar clientes nas operações financeiras de imóveis Propõem-se a simulação de financiamento real de um imóvel aplicando os valores aos dois tipos de financiamentos (SAC e Price). Orienta-se discutir vantagens e desvantagens de um e outro financiamento sob a luz do potencial de endividamento dos tomadores para sugerir a linha de crédito mais indicada ao cliente. UC9: Elaborar plano de marketing imobiliário Sugere-se desenvolver um plano de marketing aplicado a serviços imobiliários, orientado para o atendimento e relacionamento com o cliente. Técnicas de marketing de serviços, marketing pessoal e profissional devem ser amplamente trabalhadas com o intuito de fortalecer a reputação corporativa e profissional. Indica-se que as estratégias de marketing desse componente curricular estejam focadas sobre a atuação da empresa imobiliária como prestadora de serviço e intermediária nas operações de compra, venda e locação de imóveis. UC10: Administrar imóveis e locações Recomenda-se que sejam realizadas visitas a imobiliárias que atuem na gestão de imóveis (carteirização) para, posteriormente, a elaboração de relatório informando como funciona a dinâmica de administração dos imóveis: estrutura física da imobiliária, formas de contratos e gestão dos imóveis. Sugere-se a apresentação de situações-problema que contemplem a administração da propriedade e posse como autorização para poda de árvore, desapropriação, entre outras. UC 12: Projeto Integrador Técnico em Transações Imobiliárias No que concerne às orientações metodológicas para a UC Projeto Integrador, recomenda-se que o docente responsável pelo projeto apresente os temas geradores no primeiro contato com os alunos que, por sua vez, devem validar a proposta e sugerir modificação ou inclusão a ser acatada pelos docentes quando pertinente. Ressalta-se que o tema gerador tem como princípio ser desafiador e, portanto, deve estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades, transcendendo a mera sistematização de informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares. Com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer cronograma de trabalho e prazos de entregas. É fundamental que o docente responsável pelo projeto estabeleça um elo com os demais docentes do curso, incentivando a participação ativa e reforçando as contribuições de cada UC para a realização do projeto integrador. Além disso, todos os docentes do curso devem participar da elaboração, execução e apresentação dos resultados parciais e finais do tema gerador. Durante o desenvolvimento do projeto, os docentes devem acompanhar as entregas parciais conforme previsto no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das pesquisas. Cabe ressaltar que aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos do Projeto Integrador como na forma de apresentação desses resultados. [1] SENAC. DN. Competência. Rio de Janeiro, 2022. (Coleção de documentos técnicos do Modelo Pedagógico do Senac). Disponível em: http://www.extranet.senac.br/modelopedagogicosenac/. Acesso em: jun. 2023.
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como objetivos: Ser diagnóstica: averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, dos indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente. Ser formativa: acompanhar todo o processo de desenvolvimento das competências propostas neste plano, constatando se o aluno está apto a avançar para a próxima etapa e, se necessário, realizar ajustes no planejamento para otimizar o processo de ensino-aprendizagem. Ser somativa: atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se ele está apto a receber seu certificado ou diploma. 8.1. Forma de expressão dos resultados da avaliação Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizado para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da unidade curricular/curso). As menções adotadas no Modelo Pedagógico do Senac reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo. De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem. 8.1.1. Menção por indicador de competência A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são: Durante o processo Atendido – A Parcialmente atendido – PA Não atendido – NA Ao final da unidade curricular Atendido – A Não atendido – NA 8.1.2. Menção por Unidade Curricular Ao término de qualquer unidade curricular (competência, estágio, prática profissional, prática integrada ou projeto integrador) estão as menções relativas a cada indicador. Caso algum dos indicadores não seja atingido em alguma UC, o aluno será considerado reprovado naquela unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da unidade curricular. As menções possíveis para cada uma são: Desenvolvida – D Não desenvolvida – ND 8.1.3. Menção para aprovação no curso Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares. Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas: Aprovado – AP Reprovado – RP 8.2. Recuperação A recuperação ocorrerá imediatamente à constatação das dificuldades do aluno, podendo ser propostas atividades como resolução de problemas, estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.