Aprendizagem Profissional de Qualificação em Serviços de Supermercados

O aprendiz em Serviços de Supermercado é qualificado para executar atividades de reposição de mercadorias em empresas do segmento supermercadista. Está apto a realizar atividades de organização, reposição e exposição de mercadorias e produtos, verificando sua validade, integridade e a precificação. Auxilia na recepção, conferência, armazenagem e movimentação do estoque para abastecimento do ponto de venda e atende e orienta clientes sobre mercadorias, produtos e serviços. Está apto ainda, a identificar estratégias logísticas para operações em empresas varejistas; identificar riscos e propor o uso de técnicas de prevenção de perdas no varejo, atacarejo e atacado, a partir de ferramentas de controle e análise. Realizar um atendimento de qualidade ao cliente comunicando-se adequadamente, compreendendo o processo de comercialização, possibilitando orientar o cliente a adquirir produto ou serviços, impactando na decisão de compra do consumidor. Compreende aspectos relativos ao bem-estar pessoal e social, recursos tecnológicos, leitura e interpretação de textos e educação financeira voltados à juventude, além de apresentar desenvolvimento socioemocional para atuação social e no mercado de trabalho. O aprendiz qualificado pelo Senac, além de ter como marcas formativas domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e a comunicação, a criatividade e a atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável, destacando-se pelo protagonismo juvenil, social e econômico, que é marca do Programa de Aprendizagem. Essas marcas reforçam o compromisso da Instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de transformação da sociedade. O curso de Aprendizagem Profissional de Qualificação em Serviços de Supermercado do Senac está amparado pela Lei nº 10.097/2000, é regulamentado pelo Decreto nº 9.579/2018 e pela Portaria MTE nº 3.872/2023. O jovem que concluir este curso estará apto para atuar no mercado de trabalho na seguinte ocupação: Repositor de mercadorias, conforme previsto no Catálogo Nacional de Aprendizagem – CONAP. Seguem as competências que compõem o perfil do aprendiz em Serviços de Supermercado: Orientar clientes em relação às mercadorias, produtos e serviços. Abastecer o ponto de venda com mercadorias e produtos. Além disso, o Programa abrange os seguintes aspectos relativos à vida social e profissional: Desenvolvimento Socioemocional. Bem-estar pessoal e social dos jovens. Recursos tecnológicos no contexto social e do trabalho. Leitura e compreensão de textos no contexto social e do trabalho. Letramento matemático e educação financeira. A arte de se comunicar e de vender mais. Logística nas operações de varejo. Técnicas de prevenção de perdas no varejo, atacarejo e atacado.
Objetivo geral: Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados. Objetivos específicos:
Orientações metodológicas Gerais A Aprendizagem Profissional de Qualificação do Senac foi concebida e organizada com base nas principais demandas do mercado de trabalho. A própria estrutura do curso evidencia esse ponto de partida e o seu diferencial: cada Unidade Curricular tem uma contribuição estratégica para o desenvolvimento do perfil profissional e para que o jovem possa se apropriar de seu percurso formativo. As competências da qualificação profissional, os aperfeiçoamentos, a unidade curricular de desenvolvimento socioemocional e demais UCs que compõem o Programa de Aprendizagem indicam a necessidade de uma abordagem pedagógica contextualizada, em sintonia com a realidade do mercado de trabalho e integrada às práticas e tecnologias educacionais mais inovadoras. Esse novo modelo reforça a formação integral do aprendiz e o papel central dos docentes na articulação e integração dos diferentes saberes envolvidos nesse processo, visando estimular o crescimento cognitivo, social e emocional do aluno. Após revisitar o Programa de Aprendizagem Senac, caracterizado por oferta de três qualificações profissionais (QPs), e com objetivo de torná-lo mais alinhado tanto às necessidades dos jovens a ingressarem no mundo do trabalho como das empresas contribuintes, é proposta uma nova organização curricular. As mudanças que se apresentam visam possibilitar ao aprendiz, além de uma formação integral, o aprofundamento da formação profissional, explorando o desenvolvimento das habilidades socioemocionais e competências profissionais, contribuir para minimizar lacunas do ensino regular. A nova proposta está construída sob dois pilares: a) unidades curriculares da ocupação e b) Jornada Juventudes. O primeiro é composto por um curso de qualificação profissional e aperfeiçoamentos associados a essa ocupação. Reforça-se a solidez desse arranjo por propor uma formação mais robusta centrada numa ocupação com possibilidades de aprimoramento no mesmo itinerário formativo. O segundo é denominado Jornada Juventudes, o qual consolida unidades curriculares centradas na formação integral dos alunos e em temas relacionados às Juventudes, que conta com o Laboratório Juventudes, espaço de articulação de projetos a partir da Metodologia STEAM. Espera-se que à medida que os alunos avançam no itinerário formativo da formação integral, possam mobilizar aprendizados em favor da qualificação profissional em curso. Reconhecendo a importância do desenvolvimento socioemocional e de temas específicos relacionados às juventudes que colaboram para o trabalho com a marca formativa própria da Aprendizagem, no âmbito da Jornada Juventudes, foram inseridas cinco unidades curriculares que visam desenvolver aspectos relacionados ao bem-estar pessoal e social dos jovens, ao letramento em português e digital e à educação financeira para que se possa explorar de forma abrangente o processo de formação do aprendiz. Essas unidades serão consolidadas no Laboratório Juventudes, a partir do qual espera-se que o aluno possa se perceber e refletir sobre suas formas de ser e estar no mundo, auxiliando-o a explorar seus aspectos pessoais e profissionais. A qualificação profissional é o eixo estruturante do perfil profissional dessa aprendizagem, sendo concebida com base nos pressupostos do Modelo Pedagógico Senac e nas principais demandas do mercado de trabalho. Ao promover o desenvolvimento das competências, o curso permite ao aluno articular conhecimentos, habilidades e atitudes/valores reconhecidas como essenciais pelas organizações do mundo do trabalho, o que amplia suas chances de inserção e permanência no mercado de trabalho. Já os aperfeiçoamentos são escolhidos com base nas possibilidades de carreira que o curso de qualificação profissional oferece, permitindo ao aprendiz desenvolver competências e objetivos complementares que qualificam ainda mais a sua atuação profissional, além de apresentar ao aluno possibilidades de percursos formativos, incentivando o aumento de escolaridade. As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo. Esse Programa de Aprendizagem foi concebido para mobilizar o desenvolvimento socioemocional, de competências, e de outros elementos de apoio e complementação que dão suporte à formação profissional e pessoal. Para tanto, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno diante de situações de aprendizagem que possibilitem o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação. A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e o contexto da ocupação. Além disso, considerando a importância do elemento planejamento de carreira, principalmente no Programa Aprendizagem que prepara o jovem para sua atuação profissional, esse tema foi inserido como elemento da UC1. Não obstante, as demais UCs podem propor melhorias ou aprofundamentos da proposta de planejamento elaborada pelo jovem na UC1. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação, inclusive na perspectiva empreendedora, e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que apresenta e histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos. Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento. O Projeto Integrador da aprendizagem visa articular as unidades curriculares do curso por meio do desenvolvimento de soluções que atendam à realidade do trabalho e ao contexto do segmento, aprofundando a formação e permitindo ao aluno desenvolver e testar diferentes ideias e soluções. Em especial, destaca-se o trabalho com as marcas formativas, uma vez que os alunos precisam lidar com problemas que apresentam diferentes níveis de complexidade, seja relacionado ao trabalho em equipe, seja em relação à qualidade de suas entregas. Nesse contexto, a complexidade e a natureza das tarefas relacionadas ao desenvolvimento do Projeto Integrador também exigirão interações cada vez mais fortes entre os alunos, aumentando a necessidade de habilidades socioemocionais. O presente Programa de Aprendizagem contempla dois projetos: o Projeto Integrador (PI) e o Laboratório Juventudes, organizados de forma a articular unidades curriculares. No entanto, enquanto o PI está voltado para articulação de competências relativas à ocupação profissional, o Laboratório Juventudes tem ênfase na formação integral do jovem com foco na vida cidadã e, portanto, irá articular as unidades curriculares cujas temáticas estão diretamente relacionadas a essa formação. Ambos são baseados na metodologia de projetos e têm especial atenção para o desenvolvimento das marcas formativas. O Laboratório Juventudes tem como proposta possibilitar aos aprendizes conhecer, vivenciar e atuar como cidadãos cônscios de seus direitos e responsabilidades, em todas as dimensões da vida: intelectual, física, emocional, social e cultural. É importante salientar que, apesar de terem focos diferenciados, considera-se que as metodologias ágeis utilizadas no Laboratório Juventudes, tais como STEAM e o design thinking, poderão ser incorporadas e auxiliar os alunos na resolução dos desafios presentes no Projeto Integrador. A partir da articulação de cinco unidades curriculares, os aprendizes têm a oportunidade de desenvolver um projeto no Laboratório Juventudes, concebido com o propósito de permitir ao aluno atuar com a ‘mão na massa’. Ou seja, contribuir com soluções criativas (modelos, pilotos e artefatos (protótipos) para um problema real de jovens de uma comunidade local, mobilizando saberes, práticas e conhecimentos baseados na cultura maker. Conforme legislação vigente, até 10% da carga horária teórica pode ser feita de maneira flexível por meio de atividades de qualificação complementar, as quais incluem atividades não presenciais, encontros temáticos, visitas culturais, dentre outros. Caberá a cada Departamento Regional especificar as atividades de qualificação complementar que serão realizadas regionalmente no âmbito deste curso. Orientações Metodológicas específicas por Unidade Curricular UC 1: Desenvolvimento Socioemocional[1] À luz da Trilha de Desenvolvimento Socioemocional[2] foi desenvolvida uma única unidade curricular, na qual consta quase a integralidade dos elementos abordados na trilha. Com ênfase em dinâmicas e saberes que pudessem contemplar a proposta formativa original, numa formação robusta, essa unidade curricular está desenhada para oferecer uma articulação fluida e dialógica com o mundo do trabalho. Ressalta-se que outras questões e atividades da trilha original são sugeridas neste documento - nas orientações metodológicas específicas de cada UC da Jornada Juventudes - como forma de maior aproveitamento do desenvolvimento socioemocional. E ainda, de forma exclusiva, foram incorporadas práticas específicas sobre o planejamento de carreira. A colaboração, a comunicação, o pensamento crítico, a criatividade e a atitude sustentável são processos que auxiliam o aluno a se perceber e a refletir sobre suas formas de ser e estar no mundo. Por meio de vivências, dinâmicas, jogos, simulações e debates, a UC “Desenvolvimento socioemocional” coloca o aluno em contato com habilidades imprescindíveis para a interação social e para o trabalho em equipe. Apesar de estar intimamente relacionada às Marcas Formativas que integram o perfil profissional do aprendiz do Senac, essa unidade curricular permite explorar de forma mais aprofundada cada temática, além de privilegiar o uso de metodologias que favorecem a resolução de problemas de forma colaborativa e criativa. Para desenvolvimento desta unidade curricular, há dois aspectos a serem considerados: a abordagem vivencial como metodologia pedagógica e a perspectiva de formação profissional do aluno, tendo o mundo do trabalho como contexto de aprendizagem. Para o desenvolvimento socioemocional indicam-se situações de aprendizagem que possam ser mobilizadas no contexto de qualquer ocupação, adaptando a proposta às características e necessidades específicas dos alunos do programa de aprendizagem. Para auxiliar o docente no planejamento das atividades e na condução com os alunos de cada habilidade prevista nessa Unidade Curricular, foi elaborado o Guia de Orientações para a Prática Docente da Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional[3] com recomendações pedagógicas que otimizam o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. O docente pode consultar a Matriz Socioemocional Senac[4], que apresenta as principais práticas pedagógicas referenciadas na literatura como importantes para o desenvolvimento da Comunicação, da Colaboração, da Criatividade, do Pensamento Crítico e da Atitude Sustentável. Para mobilizar o elemento Planejamento de Carreira, o docente pode propor atividades que coloquem o aluno em contato com a realidade do mundo do trabalho por meio de entrevistas com profissionais da área, que possam esclarecer o percurso profissional, desde o ingresso no mercado até os tipos de carreira que podem ser seguidas no contexto da ocupação. Em relação aos conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII das diretrizes relacionadas ao artigo 18 da Portaria MTE nº 3.872/2023, aderentes aos elementos dessa UC, eles devem ser abordados e contextualizados com os elementos de competência, estabelecendo pontes entre essas temáticas e a vida pessoal, social e profissional do aprendiz. Espera-se que as situações de aprendizagem promovam à troca de experiências, o debate, a pesquisa, a reflexão e a construção de novas perspectivas sobre as juventudes. Para tanto, seguem sugestões de possíveis aproximações entre os temas obrigatórios e sem relação direta com os elementos da UC1, para subsidiar o planejamento docente: Conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII do artigo 18 da Portaria MTP 3.872/2023: 1. Raciocínio lógico-matemático, noções de interpretação e análise de dados estatísticos. 1.1. Elementos da competência para contextualização: Pensamento crítico: concepção e finalidade; hierarquia das informações; resolução de problemas; etapas de análise de uma situação-problema; causa e consequência; ferramentas para a sistematização de ideias e soluções; análise argumentativa (validade, consistência dos argumentos e falácias.); análise crítica das informações (pensamento crítico na era digital; filtragem e checagem de notícias e informações). Considerando que as habilidades socioemocionais oferecem aos alunos a perspectiva e a flexibilidade necessárias para atuar em alto nível diante dos desafios do trabalho e da vida, recomenda-se que, ao organizar a distribuição das aulas ao longo do curso, a UC Desenvolvimento Socioemocional seja ofertada em paralelo às Unidades Curriculares que desenvolvem as competências do perfil profissional. Esta organização objetiva favorecer o aumento da capacidade dos alunos de integrar conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e de lidar de forma eficiente e ética com as atividades e desafios decorrentes de contextos pessoal, social e profissional. Indica-se, para o desenvolvimento desta UC, técnicas criativas e metodologias ágeis, bem como atividades de tempestade de ideias, rodas de conversa, oficinas de comunicação não violenta, de oratória, atividades manuais, mapa conceitual, estudos dirigidos, simulações, palestras com convidados, produção de vídeos, júri simulados e simpósios, para tomada de decisões e soluções de problemas. UC 2: Bem-estar pessoal e social dos jovens No elemento do conhecimento “Educação Sexual: transformações corporais (físicas e biológicas), hormonais e comportamentais na adolescência; diferença entre sexo, identidade de gênero e orientação sexual; equidade de gênero; gravidez na adolescência; assédio sexual; formas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), SIDA e hepatites virais” é importante trabalhar aspectos relacionados ao direito à saúde, conforme a Constituição Federal e acesso por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e suas políticas, considerando a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a saúde como um estado de completo de bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Nas temáticas relacionadas à identidade de gênero e orientação sexual, faz-se necessário apresentar o tema aos alunos, incentivando o olhar para diferentes biótipos, orientações sexuais e identidades de gênero, considerando a população LGBTQIA+ e seus direitos, trabalhando diversidade humana como inerente a sociedade. Para além de questões próprias da saúde, esta unidade curricular propõe abordar questões da subjetividade dos jovens, transcendendo temáticas de natureza concreta e incidindo em questões como autopercepção, projeção de futuro. Dinâmicas que trabalhem autoestima podem ser acionadas. Atividades sensoriais que desmistifiquem o erro podem ajudar a trabalhar persistência, saindo da zona de conforto – tanto em questões pessoais como profissionais. Por outro lado, trabalhar a autocrítica, entendida como o processo de análise crítica sobre seus próprios atos, pode ser uma atividade que provoca a reflexão sobre a forma de agir, uma análise dos atos cometidos e da capacidade de se fazer autocorreção – à luz de perceber o erro como possibilidade de aprendizagem. Articular essa abordagem com dinâmicas de pensamento crítico podem ser interessantes para potencializar aspectos positivos da personalidade, das capacidades e potencialidades de cada um. Nas temáticas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), SIDA e hepatites virais, a abordagem deve ser sobre os comportamentos de risco, prevenção às doenças e autocuidado, compreendendo que não existem grupos de risco mais suscetíveis às ISTs e SIDA. No elemento do conhecimento “Drogas: Tipos e características, efeitos no organismo e consequência do uso recreativo, do uso abusivo e do tráfico; formas de prevenção” é importante apresentar as políticas públicas da área da saúde que acompanham questões relacionadas às drogas com uma abordagem humanista, focada no bem-estar físico e social do indivíduo, as ações de controle das drogas têm possibilidades maiores de sucesso quando se propõe a melhorar a vida daqueles que sofrem com as drogas, entendendo a necessidade de oferecer cuidados de saúde e apoio social, garantindo, e não restringindo, os direitos civis dos usuários de drogas. As ações realizadas para promover e apoiar a reflexão sobre o tema uso de drogas (lícitas e ilícitas), devem focar no esclarecimento sobre os problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas e suas implicações: familiares, escolares, sociais e afetivas em oficinas e atividades informativas e mobilizadoras sobre a temática. No elemento do conhecimento “Saúde mental: conceito de saúde mental; situações relacionadas aos sofrimentos psíquicos (conflitos familiares, envolvimento precoce com drogas e álcool, exposição à violência, exposição aos estigmas e aos preconceitos, discriminação social e de gênero etc.); sinais e sintomas (automutilação, insônia, ideação suicida, tristeza ou humor deprimido, afastamento de amigos e familiares, queda brusca no desempenho escolar, irritabilidade e agressividade sem causa aparente etc.) e prevenção” é importante apresentar aos alunos a definição da OMS, que entende a saúde mental como “um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional. A saúde mental pode incluir a capacidade do indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir um nível mental que permita reações positivas frente às adversidades. Admite-se, entretanto, que o conceito de saúde mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais.” Os alunos devem conhecer os fatores de risco e de proteção que interfiram na saúde mental dos indivíduos e desmistificar os cuidados e tratamentos direcionados às pessoas que demandem esse tipo de cuidado. Para além de questões próprias da saúde, a unidade curricular pode abordar questões da subjetividade dos jovens, transcendendo temáticas de natureza concreta e incidindo em questões como autopercepção, projeção de futuro. Dinâmicas que trabalhem autoestima podem ser acionadas bem como a questão do erro como processo criativo[5]. Atividades sensoriais que desmistifiquem o erro podem ajudar a trabalhar persistência, saindo da zona de conforto – tanto em questões pessoais como profissionais. Por outro lado, trabalhar a autocrítica[6], entendida como o processo de análise crítica sobre seus próprios atos, pode ser uma atividade que provoca a reflexão sobre a forma de agir, uma análise dos atos cometidos e da capacidade de se fazer autocorreção – à luz de perceber o erro como possibilidade de aprendizagem. Articular essa abordagem com dinâmicas de pensamento crítico podem ser interessantes para evidenciar também aspectos positivos da personalidade, capacidades e potencialidades de cada um. Em relação aos conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII das diretrizes relacionadas ao artigo 18 da Portaria MTE nº 3.872/2023, aderentes aos elementos dessa UC, eles devem ser abordados e contextualizados com os elementos de competência, estabelecendo pontes entre essas temáticas e a vida pessoal, social e profissional do aprendiz. Espera-se que as situações de aprendizagem promovam à troca de experiências, o debate, a pesquisa, a reflexão e a construção de novas perspectivas sobre as juventudes. Para tanto, seguem sugestões de possíveis aproximações entre os temas obrigatórios e sem relação direta com os elementos da UC2, para subsidiar o planejamento docente: Conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII do artigo 18 da Portaria MTP 3.872/2023: 1. Comunicação oral e escrita e leitura e compreensão de textos. 1.1. Elementos da competência para contextualização: Autoconhecimento: reconhecimento das características pessoais, suas influências nas ações futuras e identificação das necessidades pessoais. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): definição e aspectos da proteção integral à criança e ao adolescente. Para o desenvolvimento desta UC, recomenda-se uso de simulações, análises de situações reais ou fictícias do contexto juvenil, elaboração de painéis, murais, saída a campo, atividades integradoras com outros cursos, outras ações em equipes como: rodas de conversa, oficinas de oratória e comunicação não violenta, fóruns de discussão, produção e uso de maquetes e/ou vídeos. Além disso, indica-se trazer palestrantes ou profissionais das temáticas envolvidas para fóruns, discussão, debates presenciais ou virtuais, entrevistas e outras formas de reflexão e análise das problemáticas abordadas. UC 3: Recursos Tecnológicos no contexto social e do trabalho Sugere-se que ao trabalhar sistemas operacionais, correio eletrônico, internet, softwares de escritório, o docente deverá observar a realidade e necessidade dos alunos e isto determinará o uso de software proprietário ou livre. Ao mobilizar conhecimentos e a utilização das redes sociais o docente deve estar atento as necessidades e curiosidades dos alunos, articulando com questões trazidas na UC de Leitura e compreensão de textos no contexto social e do trabalho relacionadas a responsabilidade do discurso, com ênfase as redes sociais de maior uso e aceitabilidade de acordo com o perfil da turma. No elemento de conhecimento “Internet, especificamente nos itens segurança e limites no uso da internet por menores de 18 anos, tipos de crimes cibernéticos e prevenção, cyber bullying, denúncias de crimes e violações contra os Direitos Humanos na Internet”, indica-se acesso ao site https://new.safernet.org.br/home?field_subject_value=Seguran%C3%A7a%20Digital&field_type_value=All&page=3# para preparar a aula, neste site existem jogos que podem ser utilizados para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Orienta-se que para os conhecimentos relacionados a “Malware” sejam utilizados vídeos, como os do Comitê Gestor de Internet (disponíveis em: https://www.cgi.br/noticias/indice/videos/). Ao mobilizar atividades com softwares de escritório, sugere-se ao docente foco no compartilhamento dos arquivos, utilizando das ferramentas do Microsoft One Drive. Para o trabalho com o elemento “Editor de planilhas” indica-se a criação de uma planilha de gastos mensais/anual, par a que o aluno consiga verificar os benefícios para o controle de gastos, que contemple: fonte, texto, células, linhas e colunas, mescla de células, quebra de texto, gráfico, soma, auto soma, média, máxima e mínima. Durante o trabalho com editor de apresentações o docente pode articular com o trabalho colaborativo e compartilhamento (cloud). Sugestões de plataformas Emaze (https://www.emaze.com/), Prezi (https://www.prezi.com/), Google Slides (https://docs.google.com/presentation), Office 365 (PowerPoint online). Nesse sentido, sugere-se ao docente nortear o processo de ensino e aprendizagem, utilizando atividades realizadas em computadores e smartphones simulando as várias situações com o uso de sistemas operacionais, internet, e-mail, segurança computacional e utilitários de informática. Para os aplicativos de escritório o docente poderá simular os seus usos com base nas necessidades dos aprendizes em sua prática profissional, com atividades como: oficinas em laboratório de informática, jogos de soluções de problemas ou empresariais, gameficação, uso de vídeos, elaboração de portfólio e simulações utilizando os recursos tecnológicos disponíveis. UC 4: Leitura e compreensão de textos no contexto social e do trabalho A UC “Leitura e compreensão de textos no contexto social e do trabalho” tem como foco a leitura e interpretação crítica e contextualizada de diferentes tipos de textos e a comunicação escrita. A partir da análise de textos variados e situações do cotidiano os alunos se familiarizam com as regras e a prática da redação formal, identificando o que é preciso saber e o que se deve evitar ao redigir. No que se refere à redação de textos, é importante propor que os alunos produzam textos do seu dia a dia, em diferentes contextos e situações orientando-os a organizar a estrutura do seu texto com início, meio e fim, usando o registro formal da língua. Para favorecer a capacidade de leitura e apresentação de conhecimento crítico em relação aos diversos assuntos que circulam em nosso dia a dia, é importante viabilizar o acesso dos alunos a textos que circulam socialmente, explorando a diversidade textual, aproximando-os de textos não escolares, como os textos jornalísticos, científicos, literários, médicos, jurídicos etc. A partir da leitura desses textos, sugere-se estratégias como debates e simulação para tornar os alunos capazes de fazer uso de informações contidas nos textos, bem como conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia. Propiciar aos alunos apreender conceitos, apresentar informações novas, comparar pontos de vista, argumentar etc. Propor atividades em que os alunos possam exercitar a argumentação e a escrever defendendo seu ponto de vista com segurança sem desrespeitar opiniões divergentes. Dinâmicas que mesclam a leitura e escrita de textos com a comunicação no ambiente de trabalho podem ser sugeridas, como preparar uma apresentação para diferentes pessoas de uma empresa, considerando cargos e instâncias distintos. Outra sugestão também pode ser o trabalho com textos famosos de grande repercussão como discursos. Ler, interpretar e exercitar a comunicação pode ser um bom exercício[7]. Para articular interpretação de texto com o aspecto colaborativo, uma reportagem sobre o processo de construção de uma experiência em equipe pode contribuir não só para orientar a leitura e análise do texto (pontos fortes, fragilidades, oportunidades) como para despertar atitudes colaborativas. Em especial, deve-se destacar e trazer para debater com os alunos acerca da linha tênue entre liberdade de expressão e discurso de ódio para que possam compreender o que caracteriza um discurso de ódio e quão prejudicial ele pode ser para uma sociedade democrática. Sugere-se que os alunos realizem pesquisas e apresentem algumas visões sobre esse conceito (o que é discurso de ódio, o que caracteriza), exemplos de discurso de ódio e suas repercussões e, por fim, maneiras de combater essa prática, tanto na internet quanto em meios físicos e nas relações presenciais. Não menos importante é identificar, confrontar e saber agir com respeito às fake news; discutir apresentações de especialistas em TEDs pode ser uma atividade interessante para o trabalho com o universo fake (por exemplo: O universo fake que alimenta as fake news | Alexandre Botão | TEDxPorto - YouTube). Propõem-se também atividades que permitam aos alunos ler e compreender dados contidos em gráficos e tabelas bem como título, legenda e fonte. Explorar a interpretação desses textos tão presentes no cotidiano, possibilita aos alunos a adequada análise de dados quantitativos e comparativos e compreender o contexto de produção. Deve-se incluir nessas atividades o gênero textual infográfico, muito utilizado pela mídia jornalística, um recurso eficaz, visto que torna o assunto fácil, de forma rápida e dinâmica, de ser compreendido. Em relação aos conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII das diretrizes relacionadas ao artigo 18 da Portaria MTE nº 3.872/2023, aderentes aos elementos dessa UC, eles devem ser abordados e contextualizados com os elementos de competência, estabelecendo pontes entre essas temáticas e a vida pessoal, social e profissional do aprendiz. Espera-se que as situações de aprendizagem promovam a troca de experiências, o debate, a pesquisa, a reflexão e a construção de novas perspectivas sobre as juventudes. Para tanto, seguem sugestões de possíveis aproximações entre os temas obrigatórios e sem relação direta com os elementos da UC4, para subsidiar o planejamento docente: Conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII do artigo 18 da Portaria MTP 3.872/2023: 1. Noções de direitos trabalhistas e previdenciários, de saúde e segurança no trabalho, de direitos humanos, da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e da Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013 - Estatuto da Juventude. 1.1. Elementos da competência para contextualização: Estrutura de textos: ideia principal, ideias secundárias, fundamentações e argumentações. Cultura escrita e cidadania: liberdade de expressão, discurso de ódio e redes sociais – responsabilidades e impactos no convívio social; direitos sociais e trabalhistas (definição e impactos na atuação do jovem). 2. Abordagem dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas - ONU e de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente na forma transversal e integradora. 2.1 Elementos da competência para contextualização: Leitura crítica: relação entre leitor e texto e entre texto e sociedade por leituras que elucidem a problematização social e o sujeito no mundo do trabalho. Estilos de texto: gêneros textuais, imagens e gráficos. Cultura escrita e cidadania: liberdade de expressão, discurso de ódio e redes sociais – responsabilidades e impactos no convívio social; direitos sociais e trabalhistas (definição e impactos na atuação do jovem). A Era Digital e a Comunicação Escrita: influência da internet na escrita, os novos gêneros digitais, a comunicação específica para cada situação. 3. Informações sobre os impactos das novas tecnologias no mundo do trabalho. 3.1 Elementos da competência para contextualização: A Era Digital e a Comunicação Escrita: influência da internet na escrita, os novos gêneros digitais, a comunicação específica para cada situação. Nesta UC é importante atividades como: interpretação de textos, legislações, jogos gramaticais, análises de situações reais ou fictícias do contexto juvenil, produção de vídeos, elaboração de portfólios, estudo dirigido. Também podem ser utilizadas atividades de comunicação em equipes, simulações, seminários, murais, aplicativos, feiras de livros ou outras ações literárias. UC 5: Letramento matemático e educação financeira Essa UC tem como foco o letramento matemático e a educação financeira, voltada à organização e controle das finanças pessoais. Apesar de ser um tema essencial para todas as idades, quanto mais cedo o jovem aprender a lidar com suas finanças, aumentam as possibilidades de um futuro melhor, pois quem controla o que gasta e organiza as finanças, terá resultados mais rápidos na conquista de objetivos e na atenção para não contrair dívidas. Além de contribuir para compreensão e execução das operações básicas da matemática, é esperado o estímulo ao pensamento lógico. Educação financeira exige disciplina. Nesse sentido, é fundamental que os alunos entendam o que significa educação financeira e sua importância para a vida. Para tanto, recomenda-se traçar um perfil de cada aluno para que reflitam sobre sua vida financeira. Perguntas sugeridas para a reflexão: Qual seu estilo de consumo? Quanto ganha? Tem algum dinheiro guardado? Quanto do seu salário é destinado para despesas fixas e quanto é destinado para as demais despesas e investimentos? Essa reflexão será importante para torná-los mais conscientes em relação ao dinheiro e como farão uso dos seus recursos no dia a dia. A partir deste perfil, é possível estabelecer um plano de ação para planejar os gastos e começar a poupar. Em relação a finanças pessoais, o docente deverá abordar a organização e controle dos recursos, estratégias de reservas e metas das finanças pessoais e, através de variados contextos e situações do cotidiano dos alunos, orientá-los a organizar receitas e despesas, planejar e avaliar juros em uma compra, definir meta para reservas pessoais (poupar) e, claro, utilizar controle, que pode ser através de aplicativos encontrados de forma gratuita na internet ou registros em planilhas, de maneira a se familiarizar com o hábito de registrar todas as receitas e gastos necessários para desenvolver o controle das finanças pessoais. Além disso, devem ser dadas dicas sobre como evitar as armadilhas nesse caminho, como começar a investir do zero e, até mesmo, sobre a possibilidade de empreender, esses fatores são importantes para o contexto do aluno. Em relação aos conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII das diretrizes relacionadas ao artigo 18 da Portaria MTE nº 3.872/2023, aderentes aos elementos dessa UC, eles devem ser abordados e contextualizados com os elementos de competência, estabelecendo pontes entre essas temáticas e a vida pessoal, social e profissional do aprendiz. Espera-se que as situações de aprendizagem promovam à troca de experiências, o debate, a pesquisa, a reflexão e a construção de novas perspectivas sobre as juventudes. Para tanto, seguem sugestões de possíveis aproximações entre os temas obrigatórios e sem relação direta com os elementos da UC5, para subsidiar o planejamento docente: Conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII do artigo 18 da Portaria MTP 3.872/2023: 1. Inclusão digital, letramento digital, ferramentas de produtividade tais como editores de texto, planilhas, apresentações e outros. 1.1. Elementos da competência para contextualização: Operações Básicas: adição, subtração, multiplicação, divisão, técnicas de divisibilidade, porcentagem, média aritmética, regra de três. Controle do orçamento pessoal e familiar: receitas e despesas, objetivos e estratégias de reserva, investimentos e planejamento financeiro e controle de orçamento pessoal. Juros: definição, aplicação prática, impacto no preço final. 2. Noções de direitos trabalhistas e previdenciários, de saúde e segurança no trabalho, de direitos humanos, da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e da Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013 - Estatuto da Juventude. 2.1. Elementos da competência para contextualização: Operações Básicas: Adição, subtração, multiplicação, divisão, técnicas de divisibilidade, porcentagem, média aritmética, regra de três. Educação financeira: conceito, facilidade de crédito, tomada de decisão de consumo (diferença entre vontade e necessidade). Controle do orçamento pessoal e familiar: receitas e despesas, objetivos e estratégias de reserva, investimentos e planejamento financeiro e controle de orçamento pessoal. Geração de trabalho e renda: possibilidades, regulamentações, inserção social, cultural e inclusão no mercado de trabalho decente. Indica-se nesta UC o uso de jogos matemáticos e de educação financeira, simulação de mercado financeiro, planos de negócios, palestras com convidados, uso de vídeos entre outros desafios, assim como simulações e análise de situações reais ou fictícias voltadas a finanças pessoais ou familiares. UC 6: Laboratório Juventudes O Laboratório Juventudes tem um caráter que combina as experiências vivenciais das UCs 1, 2, 3, 4 e 5 organizadas para serem trabalhadas de maneira integrada, cujo propósito é incentivar uma postura protagonista dos jovens não só em relação a sua vida pessoal e profissional como também sua vida social, criando identificação com questões sociais. Tem por objetivo propiciar um processo prático de pesquisa constituído por: um problema real (numa comunidade eleita pelos jovens), a criação de ideias (processo de ideação), a construção de processos, modelos, pilotos e artefatos (prototipação) que surgiram uma solução inovadora; e, por fim, a síntese e a comunicação do processo. Para organizar um fluxo de desenvolvimento do Laboratório Juventudes, sugere-se percorrer algumas etapas descritas a seguir. É necessário, portanto, estabelecer o cronograma de trabalho e os prazos para as entregas. 1. DESCOBERTA: Os alunos devem ser estimulados a elaborar um instrumento que possa coletar informações sobre problemas enfrentados pelos jovens, por meio de atividades práticas e de pesquisa a serem desenvolvidas em grupo. Recursos tecnológicos como editores de texto e planilhas (UC 3 - Recursos Tecnológicos no contexto social e do trabalho) podem ajudar na elaboração do instrumento bem como a pesquisa de outros instrumentos já testados em coleta de dados. Conteúdos explorados na UC 2 (bem estar pessoal e social dos jovens) podem trazer luz para questões enfrentadas pelos pares, bem como trabalhar a percepção do outro a partir da identificação de necessidades dos jovens. Seria interessante promover também uma articulação com operações financeiras (UC 5 – Letramento matemático e educação financeira) para simulação de elaboração de orçamento para viabilizar a pesquisa (fotocópias de questionários, transporte, lanche etc.). São esperados que os alunos: a) definam o público e o contexto de atuação; b) conheçam o público por meio da pesquisa (elaboração de instrumentos) e c) explorem contextos – pesquisa e registro de observação quando forem ao campo. 2. INTERPRETAÇÃO: Os alunos devem realizar um aprofundamento das inspirações e fontes de informação para a compreensão mais acurada do desafio. A partir da ênfase na problematização da realidade é que os alunos devem refletir sobre qual problema realmente tem impacto na comunidade e faz sentido em outros contextos reais, cuja solução pode vir a ser replicada. Recomendam-se dinâmicas como os 5 porquês, análise de Pareto, dinâmica de Ishikawa (espinha de peixe) etc. Comunicação, criatividade e colaboração, trabalhadas na UC 1 (desenvolvimento socioemocional) podem ser exploradas nesta fase. São esperados para essa etapa: a) busca por significados e b) exploração de múltiplas perspectivas. 3. IDEAÇÃO: os alunos deverão ser incentivados a criar muitas ideias e pensar em soluções viáveis para o desafio. O desenvolvimento socioemocional pode ser retomado e ampliado para a criação e o refinamento das ideias para a solução do problema. A disposição das ideias, classificação e refinamento podem ser articuladas com a UC 4 (leitura e compreensão de textos no contexto social e do trabalho), utilizando-se um aplicativo ou o quadro branco como suporte para organização. Os alunos vão a) gerar ideias e b) refinar e selecionar ideias. Recomendam-se dinâmicas como sete chapéus, reunião de brainstorming, funil de ideias etc. 4. PROTOTIPAÇÃO: A prototipação é um modo de testar a hipótese na prática. Os alunos deverão ter acesso a várias formas de prototipar soluções (artefatos, serviços, pilotos), saber como executar e finalizar. Aspectos como criatividade e inovação (UC 1 - desenvolvimento socioemocional) devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos quanto na forma de apresentação desses resultados, bem como evidenciar processos colaborativos, de negociação, comunicação, pensamento crítico e de atitude sustentável frente às soluções escolhidas. Podem ser considerados protótipos: a) Piloto (protótipo para serviços, um exemplo funcional a ser ajustado e replicado); b) Caminho do consumidor (desenho das etapas/passos de um processo de compra; UML use case; vídeo); c) Landing page (teste com alternativas A/B de páginas web, para obter feedback); d) Mock-up (exemplos: esboço de telas de como a solução funcionará – sketches ou wireframes; planta de uma casa; Canvas BMGen do modelo de negócios); e) Maquete ou modelo físico (um objeto desenvolvido com prototipagem rápida, exemplo: impressão 3D, LEGO); f) Demo (exemplo: versão funcional de um software, limitado ao uso ou tempo – primeira fase de um jogo); g) Cabeça de série (o primeiro objeto físico para ser avaliado/testado antes de ser produzido em série). 5. COMUNICAÇÃO: consolidação dos resultados e a síntese do processo evidenciando a reflexão crítica de toda a vivência. Recomenda-se a realização de um encontro para apresentar a solução encontrada ao público-alvo. É importante que a comunicação esteja apropriada a esse público. Na ocasião, deverão recolher feedbacks e incorporar à solução apresentada. A articulação com a UC 3 (Recursos tecnológicos no contexto social e do trabalho) e a UC 4 (Leitura e compreensão de textos no contexto social e do trabalho) podem ser articulados para elaboração da comunicação com suporte de softwares de apresentação de slides, players e editores de vídeo. Nesta etapa os alunos, ao fazerem a comunicação, deverão a) colher feedbacks (internos e externos) e b) integrá-los ao protótipo. Sugere-se combinar práticas híbridas de ensino, por meio de espaços virtuais de produção individual ou colaborativa, como blogs, redes sociais e ferramentas de hipertexto que possam servir de apoio para o registro e a síntese durante do processo. Nessa etapa é importante que a elaboração da comunicação do processo leve em consideração uma reflexão sobre como o perfil profissional da ocupação (qualificação profissional e aperfeiçoamentos) em que estão sendo formados, contribui para uma atuação dinâmica e comprometida na comunidade, ajudando a mitigar questões sociais por meio de uma postura crítica e solidária. O acesso à tecnologia bem como o seu uso crítico e consciente devem ser estimulados durante todo o trabalho, permitindo a vivência dos alunos não só pela dimensão ferramental como também pelo letramento digital, permitindo discussões sobre a relação entre o uso e aplicabilidade da tecnologia, a democratização do acesso e o pensamento sobre vários níveis de abstração (o pensamento computacional). Ressalta-se que as medidas necessárias para operacionalização das etapas do Laboratório Juventude deverão ser estabelecidas de acordo com as possibilidades e a realidade de cada Departamento Regional. UC7: Orientar clientes em relação às mercadorias, produtos e serviços-48h Em relação aos elementos desta UC, como o foco é o atendimento ao cliente, o docente poderá propor discussões, utilizar casos reais ou fictícios com situações de atendimento, abordando a diversidade em diferentes públicos (pessoas com deficiência e clientes no contexto da diversidade cultural, religiosa, de gênero, faixa etária, dentre outros), para a orientação em relação as mercadorias, produtos e serviços. Para trabalhar os elementos propostos na UC7 é importante desenvolver atividades que possibilitem a reflexão e prática da importância do atendimento ao cliente para as empresas atacadistas, varejistas e atacarejos. O docente poderá trazer casos em que o aluno deverá se posicionar como o responsável pelo atendimento a clientes externos e prestação de informações e condução de clientes. Recomenda-se a realização da atividade em grupos. Deve-se incentivar a pesquisa na web, o uso de processos como o benchmarking, por exemplo, para buscar as melhores práticas do mercado. Sugere-se que seja realizada a simulação de conflitos causados por aspectos relacionados à diversidade de pessoas que compõem os quadros funcionais das organizações, fazendo com que o aluno seja estimulado a buscar ações que minimizem o conflito dentro do ambiente profissional. Para isso, pode-se levar em consideração a postura e etiqueta social e profissional, a desenvoltura verbal, o consumo consciente, além de propor a resolução de conflitos, formas de comunicação e atendimentos específicos de acordo com suas características. Recomenda-se promover situações de aprendizagem que propiciem discutir sobre os direitos básicos do consumidor e a refletir sobre a importância de realizar o tratamento adequado ao cliente. Também é possível utilizar estratégias como simulações de situações de trabalho, visitas técnicas e entrevistas com profissionais da área, que envolvam conflitos e mediações, além de simulação dos serviços de reposição e atividades práticas, envolvendo todos os serviços prestados para vivência do processo de trabalho, contribuindo com o tema definido no Projeto Integrador. UC8: Abastecer o ponto de venda com mercadorias e produtos Nesta UC o aluno deverá ser estimulado a compreender o seu espaço de trabalho de modo a realizar a atividade de abastecimento do ponto de venda de maneira eficiente. Recomenda-se ao docente abordar conhecimentos e estratégias de aprendizagem relacionados à compras, marketing e merchandising sugere-se, promovendo, por exemplo, visitas técnicas, pesquisas e outras estratégias que possibilitem ao aluno relacionar a teoria com a prática. O docente também deve propiciar discussões, trazer exercícios, vídeos e fazer simulações sobre como abastecer o ponto de vendas. A sugestão é que a partir de uma planta baixa com distribuição aleatória de mercadorias e produtos, os alunos organizem esta planta de modo a atender métodos de organização, precificação, controle e exposição de acordo com o layout e orientações de marketing e comerciais da empresa. Neste sentido o docente poderá propor atividades que envolvam a elaboração ou análise de um layout do ponto de venda de um setor real ou fictício. Esta atividade deve favorecer uma visão geral da empresa e os locais de abastecimento para sua correta organização e exposição dos produtos. Para trabalhar este indicador também é possível solicitar a construção de maquetes usando filmagens em mercados, mercadinhos e supermercados para elaboração do layout, podendo inclusive utilizar diferentes embalagens de produtos. O docente poderá apresentar ainda casos reais ou fictícios com situações específicas para que sejam realizadas simulações de requisições de mercadorias de modo que o aluno analise as demandas apresentadas e simule este procedimento. Durante a mobilização da habilidade de “organizar o local de reposição de mercadorias e produtos” é importante incluir o zelo pelas condições dessas mercadorias e produtos assim como pela limpeza do local. Para desenvolver o indicador de controle da necessidade de abastecimento o docente poderá propor a criação de planilhas de controle ou inventário do ponto de venda. Para o desenvolvimento de atividades desta natureza será necessário também trabalhar o elemento de utilização dos recursos da tecnologia da informação e comunicação, sempre que possível, tal como registro fotográfico do antes e depois dos processos realizados em empresas. É possível utilizar vídeos que orientam sobre as Boas práticas de manipulação de alimentos e pesquisa sobre as normas que norteiam atividades que envolvam esta prática. Em relação ao indicador sobre “etiquetação” o docente poderá simular o processo, utilizar equipamento de etiquetar preço, realizar uma visita técnica ou apresentar em vídeo como é realizada essa atividade de acordo com a realidade local. Indica-se ainda atividades como pesquisa de tipos e características de mercadorias e produtos, bem como simulando o controle de perdas e quebra de produtos, como embalagens violadas e danificadas, falta da etiqueta de preço e data de validade. UC 9: Projeto Integrador O Projeto Integrador Repositor de mercadoria visa articular as unidades curriculares da qualificação profissional desse curso, por meio do desenvolvimento de soluções que atendam à realidade do trabalho e ao contexto do segmento, aprofundando a formação e permitindo ao aluno desenvolver e testar diferentes ideias e soluções. No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), o docente responsável deve se atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos). Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares. Após a definição do tema gerador junto aos alunos, é necessário estabelecer um plano de ação com o cronograma de trabalho e os prazos para as entregas. Recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI no início do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Acredita-se que o papel do docente dessa UC é maximizar os resultados com entregas de valor e ampliar as possibilidades de sucesso do projeto, oferecendo, em parceria com a entidade concedente da prática profissional, orientação e feedbacks constantes ao aprendiz. Recomenda-se ainda que, dentro do possível e da viabilidade operacional do Departamento Regional que esse projeto seja realizado de forma simultânea com o Laboratório Juventudes. Assim, é fundamental que o docente responsável pelo projeto estabeleça um elo com os demais docentes do curso, incentivando a participação ativa e reforçando as contribuições tanto das UCs relacionadas à qualificação profissional, como outras que possam apoiar o desenvolvimento do PI. Durante o desenvolvimento do projeto, o docente deve acompanhar as entregas parciais que se fizerem necessárias para entrega final de cada Projeto Integrador, conforme previstas no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das pesquisas. Nessa etapa, pode-se combinar práticas híbridas de ensino, por meio de espaços virtuais de produção individual ou colaborativa, como blogs, redes sociais e ferramentas de hipertexto. No momento de síntese, procede-se com a apresentação dos resultados obtidos durante o desenvolvimento desse projeto. Aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos quanto na forma de apresentação desses resultados. No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação ao contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar quais fatores podem ter interferido nos resultados. Por fim, considerando que o Projeto Integrador deve ser um espaço privilegiado para impressão das Marcas Formativas Senac, recomenda-se que, durante a sua execução, os docentes propiciem desafios que exijam dos alunos a demonstração de domínio técnico-científico relacionado ao exercício profissional, a visão crítica sobre a realidade e sobre as próprias ações; colaboração e comunicação nas relações interpessoais; criatividade e atitude empreendedora diante dos desafios pessoais, sociais e profissionais; autonomia digital para se apropriar de ferramentas e participar de forma ativa e responsável do ambiente virtual; e atitudes sustentáveis nos aspectos social, econômico e ambiental, com foco em resultados. Além disso, devem estimular à autonomia, a criatividade, a inovação e a proatividade nos alunos, ajudando-os nas atividades de pesquisa e sistematização. Para estimular a atitude colaborativa e empreendedora, devem priorizar o trabalho em equipe e a comunicação construtiva e assertiva. Devem ainda fomentar a atitude cidadã sustentável e responsável, por meio da reflexão sobre o contexto de trabalho relacionado à importância do profissional de supermercado, adotando também normas de saúde e de segurança do trabalho no desempenho de sua função. Podem ser utilizadas também estratégias como simulações, estudos de caso e debates, de forma que os temas sejam abordados de forma humanizada, trazendo para o âmbito dos projetos as situações da vida cotidiana para reflexão. Esta abordagem possibilita o debate a respeito de questões importantes da vida do jovem, além de constituir oportunidade de contextualização das marcas formativas próprias da aprendizagem e de todos os conteúdos/temas indicados nos incisos X, XI e XII das diretrizes relacionadas ao artigo 18 da Portaria MTE nº 3.872/2023. O docente pode optar por trabalhar com um tema gerador diferente daqueles sugeridos no Plano de Curso, desde que constitua uma situação-problema e atenda aos indicadores para avaliação. No desenvolvimento do Projeto Integrador, recomenda-se priorizar pesquisas de campo por meio de vivências, práticas, visitas técnicas, entrevistas com pessoas do mercado de trabalho, entre outras atividades. Quando não for possível a vivência em ambiente real de trabalho, sugere-se o uso de estratégias, como resolução de situações, por meio de recursos como vídeos, reportagens e casos fictícios baseados na realidade. As pesquisas e visitas técnicas realizadas nas demais Unidades Curriculares também servem de subsídio para o desenvolvimento do projeto. No âmbito da execução dos Projetos Integradores deve ser oportunizado o desenvolvimento do projeto de vida dos aprendizes, incluindo um processo de orientação profissional. UC10: A arte de comunicar e de vender mais Nesta UC, é importante que os alunos possam compreender que a comunicação é a base para estabelecer relações pessoais e profissionais, e no ambiente de trabalho é fator importante para o desempenho das atividades. Sugere-se iniciar a UC resgatando aspectos do autoconhecimento trabalhados na Unidade Curricular 2 “Bem-estar pessoal e social dos jovens”, correlacionando-o com a vida profissional do vendedor. Na sequência, recomenda-se relacionar as questões da comunicação com as práticas aplicadas às etapas de vendas. Indica-se, ainda, atividades como análise de situações reais ou fictícias voltadas ao atendimento ao cliente, simulações, rodas de conversas, uso de vídeos, oficinas de comunicação não violenta, entre outras atividades integradoras. A devolutiva aos alunos deverá ser pautada no indicador de objetivo proposto, sendo de fundamental importância no desenvolvimento da aprendizagem, e se torna uma das principais ações do docente durante a condução do curso. Produto: Storytelling em comunicação para vendas. Plano de curso e Plano de trabalho docente (PTD) dos aperfeiçoamentos disponíveis em: http://www.extranet.senac.br/modelopedagogicosenac/. UC 11: Logística nas operações de varejo Indica-se a realização de atividades como dinâmicas e situações-problema, promovendo debates, painel, fórum de discussão e outras formas de reflexão e análise das problemáticas abordadas. Sugerimos atividades em computador ou em dispositivos móveis para conhecer plataformas de envio, como a “melhorenvio.com.br”, e simular o rastreamento de objetos em diferentes ambientes, correios, app de lojas B2B como Magazine Luiza, Mercado livre e outros e ainda transportadoras. A devolutiva aos alunos deverá ser pautada no indicador, sendo de fundamental importância no desenvolvimento da aprendizagem. Indica-se, ainda, simulações, gameficação, seminários, oficina, execução de vídeos entre outras atividades voltadas ao marketing pessoal. Produto: Plano operacional de logística de um comércio varejista do ramo em que um aluno ou grupo de alunos atuam. (Plano de curso e Plano de trabalho docente (PTD) dos aperfeiçoamentos disponíveis em http://www.extranet.senac.br/modelopedagogicosenac/). UC 12: Técnicas de prevenção de perdas no varejo, atacarejo e atacado Sugere-se ao docente nortear o processo de ensino e aprendizagem, utilizando casos reais ou fictícios de prevenção de perdas, já trabalhados na UC 8 “Abastecer o ponto de venda com mercadorias e produtos” com foco em práticas, atividades como dinâmicas e situações-problema, promovendo debates, painéis, fórum de discussão e outras formas de reflexão e análise das problemáticas abordadas. Outras atividades como promover a “semana da redução de perdas” no ambiente de trabalho, onde o aluno, com autorização da empresa, possa trazer vídeos das seções de perecíveis, por exemplo, com as estratégias de perdas adotadas, desenvolvendo sugestões de como trazer melhorias para o processo são recomendadas nesta UC. Produto: Check-list de técnicas de prevenção de perdas para o negócio do aluno. (Plano de curso e Plano de trabalho docente (PTD) dos aperfeiçoamentos disponíveis em http://www.extranet.senac.br/modelopedagogicosenac/). UC 13 - Prática Profissional do Programa de Aprendizagem de Qualificação em Serviços de Supermercados A jornada do aprendiz compreende as horas destinadas à formação educacional e à prática profissional na empresa, a qual tem por finalidade prepará-lo para desempenhar atividades profissionais e lidar com diferentes situações no mundo do trabalho. Nesse sentido, considerando o papel da instituição formadora durante o processo de qualificação profissional do aprendiz, ela deverá fornecer à empresa o respectivo plano de curso e orientá-la para que possa compatibilizar o desenvolvimento da prática às atividades educacionais ministradas. Além disso, a instituição formadora deve realizar o acompanhamento e avaliação do programa de aprendizagem, mediante registro documental das atividades teóricas e práticas. Assim, ela deverá designar um profissional (docente ou supervisor/coordenador) responsável por acompanhar e realizar o registro das atividades práticas dos aprendizes nas empresas, com vistas a verificar se as atividades propostas pela contratante para o aprendiz colaboram para o desenvolvimento do perfil profissional de conclusão do curso. Também é importante que esse profissional averigue se as características especiais desse tipo de contratação estão sendo cumpridas, de modo a resguardar o propósito essencial dos Programas de Aprendizagem e os direitos dos aprendizes. [1] Há um PTD de referência para essa Unidade Curricular disponível para os docentes, cujo acesso pode ser feito pela Equipe Pedagógica da Unidade Educacional. [2] Originalmente, a Trilha socioemocional é composta por cinco cursos de 20h cada, podendo ser oferecidos de forma sequencial ou independente. No exercício de transposição para uma unidade curricular de 60h, foram suprimidas dinâmicas de abertura e encerramento dos cursos bem como atividades de extensão de dinâmicas-chave. [3] Este Guia de Orientações tem como objetivo apresentar referências úteis ao trabalho docente com as habilidades da Trilha Senac de Desenvolvimento Socioemocional. Está disponível em http://www.extranet.senac.br/socioemocionais/arquivos/GuiaPratico_final.pdf [4] O Senac, em parceira com o Cinterfor – Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento e Formação Profissional –, órgão da Organização Mundial do Trabalho, realizou uma ampla pesquisa sobre as Marcas Formativas Senac e sua relação com os elementos socioemocionais importantes para o mundo do trabalho. Dessa pesquisa resultou uma matriz apresenta um conjunto de práticas promissoras para o desenvolvimento de cada um dos domínios das habilidades de Criatividade, Comunicação, Colaboração, Pensamento Crítico e Atitude Sustentável.O relatório analítico das Marcas Formativas está disponível emhttp://www.extranet.senac.br/modelopedagogicosenac/index.html [5] Para inspiração, sugere-se consultar a aula quatro do PTD do Curso Criatividade da Trilha de Desenvolvimento Socioemocional, no qual consta uma atividade sobre o assunto. O docente pode ter acesso aos PTDs por meio da equipe pedagógica da Unidade Educacional. [6] Para inspiração, sugere-se consultar a aula cinco do PTD do Curso Pensamento Crítico da Trilha de Desenvolvimento Socioemocional, no qual consta uma atividade sobre o assunto. O docente pode ter acesso aos PTDs por meio da equipe pedagógica da Unidade Educacional. [7] Para inspiração, sugere-se consultar as aulas três e quatro do PTD do Curso Comunicação da Trilha de Desenvolvimento Socioemocional, no qual constam atividades sobre os assuntos. O docente pode ter acesso aos PTDs por meio da equipe pedagógica da Unidade Educacional.
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como objetivos: Ser diagnóstica: averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente. Ser formativa: acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste Plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário. Ser somativa: atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o aluno está apto a receber seu certificado ou diploma. Nesse plano de curso coexistem dois tipos de avaliação: uma para as unidades curriculares que não desenvolvem competências e outra para aquelas que desenvolvem, tal como sinalizado no quadro abaixo: Unidades Curriculares Número das UCs Não desenvolvem competências: UC 1, UC 2, UC 3, UC 4, UC 5 , UC 10, UC 11, UC 12 Desenvolvem competências: UC 7 e UC 8 Avaliação das UCs que não desenvolvem competência: 8.1 Menção por indicador de objetivo A partir dos indicadores que evidenciam o atendimento do objetivo do curso foram estabelecidas menções durante o processo e ao final do processo, conforme a seguir: Durante o processo Atendido - A Parcialmente atendido - PA Não atendido - NA Ao final da Unidade Curricular Atendido - A Não atendido - NA 8.1.1. Menção final por Unidade Curricular que não desenvolve competências Ao término de cada Unidade Curricular estão as menções relativas a cada indicador de objetivo. Se esses indicadores não forem atingidos, essa unidade curricular estará comprometida. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado final da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular que não desenvolve competência são: Desenvolvida – D Não desenvolvida – ND Avaliação das UCs que desenvolvem competência: 8.2. Forma de expressão dos resultados da avaliação das UCs Competência Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso). As menções adotadas no Modelo Pedagógico Senac reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo. De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem. 8.2.1. Menção por indicador de competência: A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são: Durante o processo Atendido – A Parcialmente atendido – PA Não atendido – NA Ao final da Unidade Curricular Atendido – A Não atendido – NA 8.2.2. Menção final por Unidade Curricular para Competências e UCs de Natureza Diferenciada: Ao término de cada Unidade Curricular estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são: Desenvolvida – D Não desenvolvida – ND 8.3. Menção para aprovação no curso: Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada) e A (Atendido) em todas as unidades curriculares que não desenvolvem competências. Além das menções D (desenvolveu) e A (Atendido), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas. Aprovado – AP Reprovado – RP 8.4. Recuperação: A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.